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O Big Data (ou Big Brother) do governo e seus paradigmas

A Receita Federal tem se tornado uma verdadeira máquina de cruzar informações para encontrar sonegadores (e também xeretar vidas alheias). Fazendo uso intensivo de grandes computadores que processam os dados das declarações de mais de 30 milhões de brasileiros não há dúvidas que o Leão é o órgão mais eficiente do Governo Federal quando o assunto é Big Data.

Recentemente a imprensa revelou que, desde o começo do ano, a Receita ampliou o cruzamento de informações. A partir deste mês qualquer transação mensal acima de R$ 2 mil para pessoas físicas e R$ 6 mil para empresas deverá ser informada à Receita. Além disso, as informações que antes eram obtidas somente em bancos e operadoras de cartão de crédito agora também serão obtidas na previdência privada, nos consórcios, nas corretoras e em seguradoras.

Não é de estranhar a sede insaciável dos governos por dados, em alguns casos com fins até justificáveis. Que dizer da recente polêmica envolvendo a Apple e o FBI na disputa pelo acesso aos dados do iPhone de um dos terroristas que matou 14 pessoas em San Bernardino, na Califórnia. Que dizer da NSA, uma agência que coleta dados de milhões de americanos (e não-americanos), desde emails e chamadas telefônicas até posts em redes sociais, tendo desenvolvido o que talvez seja o maior projeto de Big Data do planeta sob o pretexto de prevenir ataques terroristas. Trata-se mais de uma questão de privacidade ou de segurança nacional? Os dois? Qual é mais importante?

Da mesma maneira a Polícia Federal brasileira tem usado ferramentas bem interessantes para desvendar o maior esquema de corrupção ocorrido no país (veja o vídeo anexo). Se não fosse por essas ferramentas, talvez a investigação não pudesse ter encontrado o destino de mais de 10 bilhões de reais em propinas (até o momento). E não para por aí. No Brasil existe um projeto para que os carros já saiam de fábrica com rastreadores. Outra tendência é a de implantar o cartório digital, ou seja, sistemas na nuvem para eliminar as buracracias com documentos como matrículas de imóveis, certidões e registros.

Para o bem ou para o mal as ferramentas estão disponíveis ou sendo construídas. Com certeza teremos que nos acostumar com a explosão do uso de nossos dados por governos e empresas.

E sua empresa? Será que está usando seus dados de maneira efetiva? Entre em contato.

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